Por que fazer um mapa?

“Que mapa lindo!”

Há uma magia em mapas antigos, algo como mergulhar em eras e seus conhecimentos arcaicos, em crenças e engenhosidade pretérita; talvez a mesma magia que nos compele a criar e projetar mundos e histórias, refazer a realidade ao gosto da ficção.

Porém, entre estética e criação de mundo há um questionamento fundamental: qual a finalidade de um (o seu) mapa?

Orientação“, beleza, algo mais?

Grosso modo, o mapa é uma ferramenta, uma forma de representar informações no espaço, como um gráfico representa valores ou interfaces de usuário representam códigos programados. Parece difícil? Você está lendo milhões de zeros e uns convertidos em um sistema capaz de acessar esse artigo e converter tudo em texto, mas o mais importante disso tudo é a possibilidade de ler algo tão complexo de forma tão simples. Representar coisas difíceis de uma maneira fácil de ler, de interpretar, de correlacionar: ISSO é um mapa. A orientação é só a cereja no topo, mas cereja mesmo, nada daquela maluquice de chuchu industrializado para hackear nossos sentidos, como se fosse um discurso vazio de coach, ok?

A finalidade, então, é condensar toda a sua criação de forma visual, simples, em um sistema organizado o suficiente (com distâncias, orientação, legendas, convenções cartográficas, etc); é cobrir buracos em sua realidade fictícia, expandir suas ideias até o limite do que é saudável produzir. É transformar quilos de anotações em uma rápida consulta.

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Fonte: Pexels

Então o autor deve pensar nisso bem cedo, correto?

Em tese, sim, mas a melhor resposta é: você já tem as informações que quer organizar em um mapa?

Em outras palavras, já desenvolveu a parte textual o suficiente para forjar o pedaço do mundo a ser mapeado?

Foque em “suficiente”, um mapa tem plena flexibilidade para se ajustar e crescer com a obra! Alguns exemplos interessantes: lugares e cenários narrados ou indicados, recursos naturais, distâncias e orientação; culturas, comércio, religiões, forças armadas, fronteiras e até contexto geral (devastação ou exuberância; leis naturais ou fictícias).

Lembre-se que uma ferramenta serve a um propósito, facilita a execução de uma tarefa.

Querido, percebeu que “beleza” na Cartografia não é fundamental? Seja nas mãos de um geólogo (oi!) ou de um escritor (olá!), a estética do mapa só importa se você pretende dividi-lo com seu público, mas se for usá-lo apenas como ferramenta para ajudar na criação de mundo… faça como quiser! Sem medo, sem pressão, da forma que melhor lhe atender.

Sobre a forma, bem, os próximos zeros e uns te ajudarão nessa jornada. Bom mapeamento para vocês!

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